Banda larga: CGI.br defende sistema de medição como indutor de melhoria nos serviços

Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital :: 01/09/2011

Diferentemente do que sustentam as teles, o Comitê Gestor da Internet defende o sistema de medição de velocidade, inclusive com a instalação de um software nos computadores dos usuários, como prevê a proposta de regulamento sobre a qualidade do serviço elaborada pela Anatel.
Para o diretor de projetos do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Milton Kashiwakura, o projeto de medição foi longamente elaborado e prevê a eliminação das variáveis “domésticas” que podem interferir nos resultados. “É mais difícil termos esses equipamentos no Brasil. O software é mais barato e bastante preciso dentro de certas condições”, afirma.

“O Simet consegue analisar o ambiente do usuário”, insiste Kashiwakura. Por isso mesmo, o próprio programa é capaz de minimizar o impacto do uso de programas mais pesados e do compartilhamento da conexão. Além disso, garante que as operadoras tenham como saber, online, onde está o problema na percepção de cada usuário.

Para o diretor de projetos do NIC.br, a ideia de medição das velocidades das conexões à Internet tem o objetivo de fazer com que o mercado se esforce para chegar nos padrões de qualidade estabelecidos. No caso da proposta da Anatel, isso significa a garantia de, em média, 60% da velocidade contratada – percentual que depois será elevado para 80%.

Além da medição na última milha, o sistema desenvolvido pelo NIC.br, que é o braço executor do CGI, também avalia a rede no Ponto de Troca de Tráfego mais próximo da rede do provedor, permitindo uma avaliação consistente com o desempenho de cada serviço de acesso à internet.

O sistema também faz medições entre os Pontos de Presença (PoPs) com interconexão nacional e internacional, em uma parceria com o fórum europeu RIPE (sigla em francês para Redes IP Europeias), o que permite identificar a qualidade dos acessos mesmo a servidores fora do Brasil.