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EUA querem impedir aquisição da T-Mobile pela AT&T


Washington - O governo dos Estados Unidos pretende anular uma fusão de US$ 39 bilhões na área de telecomunicações do país. Ontem, o Departamento de Justiça iniciou um processo judicial para bloquear a compra da unidade americana da T-Mobile - a quarta maior do país em telefonia celular - pela AT&T, a líder do setor. O argumento oficial está centrado na perda substancial da competição entre as empresas de telefonia, com prejuízos ao consumidor em termos de avanços tecnológicos e de preços.


Qualidade na telefonia celular custaria R$ 50 bilhões para operadoras

Faltam antenas. De acordo com uma reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo na edição dessa terça-feira, o Brasil sofre uma falta generalizada de antenas de telefonia, o que impacta negativamente a qualidade dos serviços de telecomunicações. Seria necessário um investimento bilionário para que o país atingisse um nível mínimo e assegurado de qualidade na telefonia.

Microsoft e Skype: como a fusão pode beneficiar as empresas

O negócio vai causar um impacto principalmente nas companhias que usam sistemas de comunicações unificadas.

Por CIO/EUA

À primeira vista, a aquisição da Skype pela Microsoft por 8,5 bilhões de dólares parace ser uma jogada para o mercado consumidor, visando trazer benefícios para o Windows Live, Windows Phone 7 e o sistema Xbox Kinect. Ou então um movimento bastante caro de evitar que o Google comprasse antes.

Ericsson é escolhida para desenvolver plataforma da PORTO SEGURO Telecomunicações

Ericsson fornecerá serviços gerenciados, além de todos os softwares, hardwares, instalação e integração dos serviços da primeira operadora virtual móvel (MVNO) do Brasil
Previsão de analistas é de que as MVNO’s atraiam no país 16 milhões de assinantes e US$ 1 bilhão de faturamento, em cinco anos.

Para além do PNBL

Pela primeira vez em seus 46 anos de existência o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou um extenso estudo sobre o mercado de comunicação e telecomunicações, batizado de “Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil”. O órgão, que é vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, participou da formulação do Plano Nacional de Banda Larga, subsidiando o governo com informações sobre as condições de acesso em banda larga no Brasil.

Huawei abre portas no Brasil com US$ 30 bi de crédito estatal

Para Alex Zornig, diretor financeiro da Oi - que aceitou oferta de equipamentos de rede da Huawei -, chineses estão ocupando espaço dos norte-americanos e europeus

Dilma visita ZTE, que investirá US$ 200 mi no País

VERA ROSA, ENVIADA ESPECIAL - Agencia Estado

XIAN, CHINA - No penúltimo dia de sua viagem à China, a presidente Dilma Rousseff visitou o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da ZTE, em Xian, a 1.200 quilômetros de Pequim. A empresa de telecomunicações vai investir US$ 200 milhões na construção de um parque industrial em Hortolândia (SP), o primeiro desse tipo fora da China. Para fechar o negócio, a companhia recebeu incentivos fiscais da prefeitura, comandada pelo PT.

Motorola e Huawei desistem de ações por disputa de patentes

A Motorola e a Huawei publicaram nesta quarta-feira, 13, uma nota conjunta na qual comunicam que desistiram das disputas judiciais que vinham travando desde o início do ano por quebra de patentes. As empresas informam que chegaram a um acordo, mas as cifras envolvidas não foram reveladas. O comunicado informa, apenas, que a venda dos ativos de equipamentos de rede da Motorola para a Nokia Siemens Networks caiu de US$ 1,2 bilhão para US$ 975 milhões.
O negócio era o principal problema entre as empresas. A fabricante chinesa, em processo impetrado em janeiro, alegava que a venda dos ativos da Motorola Solutions, unidade de soluções e equipamentos de redes da companhia, levaria ao repasse, ilegalmente, de informações confidenciais sobre sua propriedade intelectual para a Nokia Siemens. A Motorola e a Huawei, segundo os documentos do processo, são parceiras de negócios e sempre trocaram informações sobre a tecnologia de seus produtos.
Com o acordo, o processo deixa de existir e a compra pode ser concluída. Agora, o repasse das informações confidenciais da Huawei à Nokia Siemens poderá ser feito mediante o pagamento de uma taxa, cujo valor não foi revelado. A conclusão da compra deve ser anunciada no dia 29 de abril.
A Motorola, por sua vez, desiste de um processo registrado na Justiça americana por violação de suas patentes relacionadas a equipamentos de redes de telecomunicações. Segundo o comunicado, nos últimos dez anos, a Motorola gastou US$ 880 milhões na compra de tecnologias de telecom da Huawei. Com informações do The Wall Street Journal.

Da Redação

Estatal chinesa ZTE confirma fábrica em interior paulista

A estatal chinesa ZTE, do setor de telecomunicações, confirmou nesta terça-feira que deve instalar um polo industrial em Hortolândia (a 105 km de São Paulo). A nova unidade deve atender o mercado sul-americano, nos segmentos de produção, treinamento e logística.

O novo pólo industrial "também será o primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento da ZTE na América Latina", disse Yuan Lie, presidente da filial brasileira da ZTE.

Um acordo formal foi assinado hoje pelas autoridades dos dois países em Pequim, com a presença da presidente Dilma Rousseff e do colega chinÊs Hu Jintao.

A empresa chinesa possui operações no Brasil desde 2001, com importação regular de aparelhos de telefonia celular e produção local de modens para acesso a internet por meio da Flextronics, em Campinas (SP).

Em 2010, a receita da empresa atingiu US$ 10,6 bilhões. Em território brasileiro, o dado mais atualizado aponta um faturamento de US$ 300 milhões para o ano de 2009.

Globalização vs. nacionalismo

Um tema e que ainda provoca debates é a preocupação com a “desnacionalização” não apenas das telecomunicações, mas de toda a economia brasileira. Entre os leitores que me sugerem analisar o tema está o engenheiro e professor Ovídio Barradas, ex-diretor da Embratel e de diversas outras empresas privadas desse setor, um dos mais respeitáveis profissionais de telecomunicações do País. Num contraponto à minha indignação com a política externa brasileira de “neutralidade” diante Kadafi e de apoio explícito a outros ditadores sanguinários, Barradas diz que sua maior preocupação não é com a política externa, mas com os problemas internos, a começar da presença estrangeira na economia como um todo e, em especial, nas telecomunicações. Para Barradas, “nesse setor, os brasileiros são extrema minoria, quanto ao poder de decisão”. E o mesmo acontece na indústria automobilística, nos bancos, na indústria de alimentos e outros. E faz diversas perguntas sobre as causas dessa situação geral: “Será isso falta de competência? Falta de dinheiro? Ou um comodismo político entreguista, que não dá apoio e incentivo aos empreendedores e talentos nativos?” Na mesma linha, o leitor José Luiz Pinto da Fonseca estranha a falta de apetite dos investidores brasileiros diante das telecomunicações: “Por que nosso sistema de comunicação passa a cada dia mais para as mãos de empresas estrangeiras? Será falta de dinheiro de empresários brasileiros, falta de interesse ou de competência mesmo? Para onde foram os brasileiros que antes dirigiam a Telesp e outras? Ou foi o BNDES que não os financiou?” Já pensei dessa forma, num passado distante, numa visão a que eu chamaria de “nacionalismo sentimental”. Essa era a visão dominante de minha geração nos anos 1950 e 1960, muito antes do processo de globalização. Creio que o mundo atual não nos permite raciocinar com os mesmos argumentos de 50 anos atrás. Respeito os patriotas que estão preocupados com a necessidade de uma economia inteiramente controlada por brasileiros. Para eles, o importante é o “poder de decisão” estar nas mãos de brasileiros – mesmo que a população não tenha acesso aos benefícios do desenvolvimento ou da tecnologia. Isso me lembra o passado, quando nossas riquezas minerais permaneciam debaixo da terra, e isso era prova de “soberania”. É claro que eu gostaria que os brasileiros fossem donos de tudo em nossa economia. Adoraria, sim, que todo “poder de decisão” estivesse em mãos de cidadãos nascidos neste País. Não sei, entretanto, se os resultados dessa situação seriam os melhores, mas meu sentimento de brasilidade estaria inflado e feliz. Fui estudar o problema com mais profundidade e descobri, com base nos dados do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que a presença do capital estrangeiro na economia brasileira não chega a gerar sequer 20% desse produto. Não vejo como preocupante esse “poder de decisão”.

Governo reduz gastos com telefonia em mais de 36%

O Ministério do Planejamento encerrou ontem o pregão eletrônico, baseado na oferta do menor preço, que selecionou as empresas que vão prestar serviços de telefonia fixa a 30 órgãos da administração federal. O valor a ser pago pelos serviços, de R$ 42,14 milhões, foi 36,38% inferior ao preço de referência estipulado pelo governo, que era de R$ 66,25 milhões. De acordo com a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do Planejamento, os contratos vão cobrir chamadas telefônicas geradas de telefone fixo para outro aparelho fixo ou celular. Ao todo, seis companhias disputaram o pregão, que foi dividido em três grupos. A Intelig levou o primeiro e o terceiro lotes, com uma proposta total de R$ 39,25 milhões. O primeiro lote inclui ligações feitas a partir de PABX, cujo contrato é de R$ 31,7 milhões, e o terceiro lote contempla as chamadas de longa distância nacional e internacional, arrematado por R$ 7,538 milhões. O segundo lote, destinado a chamadas feitas de linhas diretas, foi vencido pela Oi, com uma proposta de R$ 2,88 milhões. O resultado, entretanto, não é definitivo. Para serem confirmados, os vencedores devem agora comprovar a viabilidade de suas propostas com os preços declarados e enviar ao Ministério do Planejamento toda a documentação exigida no edital. Se não houver recursos, o governo adjudicará o objeto da licitação, reconhecendo o direito das operadoras vencedoras. Passada essa fase, o processo será homologado e enviado para publicação no Diário Oficial da União. Após assinar os contratos, as empresas prestarão os serviços de telefonia por um ano, podendo ser prorrogado por até mais quatro anos. Entidades governamentais que não participaram da licitação conjunta poderão também contratar nesse período as companhias vencedoras, sob as mesmas condições acordadas com os demais órgãos. Os contratos serão firmados separadamente entre a unidade da administração e a operadora. Para a SLTI, a maior vantagem das compras conjuntas é a oportunidade de ganhos pela administração em uma economia de escala, reduzindo custos. Além disso, o órgão alega que a contratação é mais objetiva e as propostas asseguram a boa qualidade dos serviços que serão prestados.

MiniCom põe no ar enciclopédia virtual na internet

Assuntos ligados às comunicações fazem parte do conteúdo. O Ministério das Comunicações (MiniCom) disponibiliza em seu portal uma nova ferramenta de comunicação com a sociedade: a WikiCom, uma espécie de enciclopédia virtual. A nova ferramenta permite a consulta via internet de diversos assuntos das áreas de atuação do MiniCom: comunicação eletrônica, telecomunicações, inclusão digital e serviços postais. É possível usufruir desta novidade em qualquer computador conectado à internet. O sistema funciona como uma enciclopédia: são inclusos verbetes que podem ser consultados e alterados pelos usuários. A contribuição dos internautas é um dos principais diferenciais do mecanismo, que se desenvolve a partir de construções coletivas. Diferenciais do Wiki O Wiki reúne muitas páginas interligadas e cada uma delas pode ser visitada e editada pelos usuários, seguindo determinadas medidas de segurança para evitar a publicação de informações incorretas. A facilidade de edição e a possibilidade de criação de textos coletivamente, como na Wikipédia, o mais conhecido sistema do tipo são as características principais.

Ericsson restaura redes de telecom no Japão

Após o terremoto e o tsunami que devastaram o Japão, a Ericsson está trabalhando com seus clientes no país para a reconstituição das redes de telecom. As redes de Tohoku, região ao norte do Japão e local que recebeu o maior impacto do Tsunami, continuam a ser as mais afetadas. Em Tóquio e no sul da cidade, após um tráfego de rede fortemente sobrecarregado por causa dos desastres, as redes já operam em níveis normais. Durante o duplo desastre, todo o transporte e a infraestrutura de comunicação da região de Tohoku foram severamente danificados. Para assegurar a manutenção da rede, além de sua reconstrução e reparos, a Ericsson enviou para o local em um helicóptero uma equipe especializada em zonas impactadas por desastres naturais. Os reparos na rede móvel incluem a reestruturação das estações rádiobases, a restauração da energia, o conserto de torres danificadas e a substituição do concreto das fundações da infraestrutura de redes de Telecom.

Powerline potencia redes domésticas de Internet em milhões de lares europeus

Desde 2003 a Devolo colocou no mercado 10 milhões de adaptadores powerline dLAN (entre equipamentos comercializados junto de revendedores e OEMs), que permitem converter uma tomada eléctrica num ponto de acesso a múltiplos serviços de telecomunicações. As vendas acumuladas pela empresa nos últimos oito anos, assegura a Devolo, permitiram-lhe chegar a quatro milhões de lares europeus, que recorrem àqueles dispositivos para usar linhas de corrente eléctrica para a transferência de dados, com débitos até 500 Mbps. "A tecnologia powerline combina as vantagens práticas de uma rede sem fios com as da estabilidade, segurança e rapidez que só uma rede cablada é capaz de oferecer", defende Nicolai Kollock, country manager da devolo em Portugal. Estes adaptadores permitem configurar de uma rede de Internet, transmissão áudio ou IPTV (televisão via Internet), detalha a empresa.

Controle público ameaçado

Governo vai cassar TVs e rádios irregulares


No último domingo (27), o jornal Folha de S.Paulo noticiou que muitas concessões de emissoras de rádio e televisão são feitas em nome de laranjas para que os verdadeiros donos não sejam revelados. Apenas um dia após a denúncia, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, anunciou que o governo pretende cassar as concessões feitas de maneira irregular.

A manobra era praticada por políticos, líderes religiosos e especuladores, que convidavam parentes e conhecidos para emprestarem o nome. Entraram no esquema, segundo a Folha, funcionários públicos, donas de casa, cabeleireira, enfermeiro, entre outros. Apesar de alguns terem admitido o fato, nenhum confirmou ter recebido dinheiro em troca do favor.

Mas entre os casos citados pela reportagem desconfia-se que os trabalhadores tenham recebido, sim, pelo empréstimo do nome, já que suas rendas seriam incompatíveis com o capital necessário para comprar uma emissora. O próprio ministro citou uma das situações, em que a cabeleireira Neide Maria Pedroso aparece como dona da empresa Ursa Maior, que consegui três concessões de rádio no valor de R$ 8,19 milhões.

Bernardo afirmou que o governo já sabia da existência de algumas ocorrências, mas não sobre o uso de laranjas. "A legislação proíbe a revenda das concessões até que a emissora complete cinco anos de funcionamento", informou. "Quem comprou e revendeu para ganhar dinheiro pode perder a concessão."

Redação Adnews

Privatização das teles: tarifa alta e desindustrialização


Modelo de desestatização provocará déficit externo de US$ 33 bi no setor, só este ano
A privatização das telecomunicações levou ao aumento das tarifas para o consumidor e ajudou a desindustrializar o setor. Em 2011, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) espera déficit para esta industria da ordem de US$ 33 bilhões.
"Ele vem aumentando. Na década de 2000, foi subindo anualmente, fruto da falta de encomendas. Todas as compras são feitas fora do país e trazidas para cá num pacote", reclama o chefe da divisão técnica de Eletrônica e Tecnologia da Informação do Clube de Engenharia, Marcio Patusco.
O clube e outras entidades dos movimentos sociais estão se articulando para dar sustentação a "um plano sério e nova legislação" para a área.
"Com a privatização, as empresas em geral têm seus destinos decididos por estrangeiros. Mas em todos os países, até nos EUA, a implementação da banda larga ficou sob a responsabilidade dos governos", afirma, lembrando que a banda larga no país tem preços caros e tem abrangência muito pequena.
Patusco avalia que a escolha da Telebrás como a principal responsável pelo processo foi um passo adiante. "Falta, agora, uma política industrial para a área. E a primeira iniciativa veio da Telebrás: fazer com que os leilões de equipamentos que usará para a implantação da banda larga reservem 25% para a indústria nacional", disse, acrescentando que isso tem surtido efeito. "As empresas estão se unindo em torno de consórcios que vêm ganhando concorrências com operadores internacionais, que costumavam ganhar facilmente."
"Como, eventualmente, o preço nacional fica mais caro, a Telebrás negocia, exigindo redução para o preço internacional. Verificamos que todos os participantes trazem o preço para onde a estatal quer, o que dá grande legitimidade ao processo", resume.

Anatel quer licitar espaço satelital ainda em 2011



Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital  
 
Com capacidade de satélites praticamente esgotada no país, o Brasil corre para manter o direito de preferência sobre quatro espaços definidos pela União Internacional das Telecomunicações (UIT) – preferência que cai a partir de 2014. Para tentar garantir esse direito, a Anatel aprovou nesta quinta-feira, 10/2, um edital para a licitação desses quatro espaços.

De acordo com o edital, uma mesma empresa só pode ficar com até duas dessas áreas – e de acordo com a agência, pelo menos quatro grupos já demonstraram interesse quando a Anatel fez uma chamada pública sobre o tema: PanamSat, StarOne, SK Telecom e Sky. O texto vai para consulta pública por 30 dias e depois passa pela homologação do TCU.

O preço mínimo para cada um dos quatro espaços satelitais é de R$ 4 milhões. Mas quem arrematar poderá prestar todos os serviços de telecomunicações, como transmissão de dados ou voz. Segundo a relatora do edital, a conselheira Emília Ribeiro, a expectativa é de que o leilão será realizado ainda em 2011.

“É urgente e as empresas já estão nos cobrando. Se não soltarmos o satélite até 2014, perderemos o direito de preferência, além de não contarmos com mais essa infraestrutura para a Copa do Mundo”, explica a conselheira Emília Ribeiro. Os espaços são para satélites com cobertura nacional, nas bandas Ku e C.

Anatel concentra trabalhos apenas em TUP e Aice


O primeiro dia de negociações efetivas em torno das novas obrigações previstas no Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU III) foi marcado por discussões concentradas apenas nas regras envolvendo os Telefones de Uso Público (TUPs) e a reformulação do Acesso Individual Classe Especial (Aice). A polêmica do backhaul não foi tratada, e há chances de que os detalhes dessa política sejam deixados de fora do PGMU III (ver matéria nesta edição) e serem tratados em outras esferas regulatórias, como o Plano Geral de Metas de Competição (PGMC).

Método

A agência reguladora dividiu a reunião desta quarta em várias etapas para dinamizar a conciliação. Na primeira parte do encontro, apenas executivos das concessionárias locais (Oi, Telefônica, CTBC e Sercomtel) sentaram-se à mesa. Entre técnicos da agência, das concessionárias e do Ministério das Comunicações, mais de 30 pessoas participaram desse início de negociação. O encontro começou com a discussão das metas envolvendo a redução do número de TUPs - os famosos "orelhões" - e o reposicionamento dos equipamentos de forma mais eficiente.

Apesar de o assunto não representar exatamente uma polêmica nas negociações do PGMU, essas metas têm um peso considerável na conciliação, uma vez que a redução dos TUPs é um dos pilares para o equilíbrio das contas do novo plano: quanto menor o número de orelhões exigidos, maior o "saldo" que as empresas terão na conta final do PGMU.

No perído da tarde, a Anatel e as empresas concentraram esforços em esclarecer as metas de revisão do Aice. A ideia da agência é repaginar o pacote especial de telefonia fixa, que jamais decolou no Brasil, dando um perfil mais "social" ao Aice. A crítica das empresas com relação a essa meta é de que a agência apresentou um texto vago, sem qualquer diretriz de como será o novo plano de oferta especial exigido das concessionárias. Por isso, a Anatel focou-se em tentar esclarecer as dúvidas das empresas nessa área.

Após seis horas de debate com as locais, a Anatel iniciou a segunda rodade de negociação, com a Embratel. Por ser a única concessionária sem operação local - atuando apenas no mercado de Longa Distância Nacional (LDN) e Internacional (LDI) - a empresa possui metas diferentes das demais companhias. No caso da Embratel, por exemplo, não há crise envolvendo o backhaul, simplesmente porque a empresa não possui esse tipo rede associada à concessão. Por outro lado, as novas obrigações envolvendo a instalação de TUPs em instituições públicas são uma ameaça real ao equilíbrio das contas do PGMU para a concessionária. Assim, o debate com a Embratel foi focado basicamente nos orelhões.

Termômetro

Ao todo, as duas reuniões consumiram oito horas de debate, mas a sensação geral dos participantes foi de que os avanços obtidos ainda são mínimos. Muitos executivos saíram desanimados após o longo dia de debates. No momento, empresas e técnicos da agência parecem concordar plenamente em um único aspecto: dois dias é pouco tempo para conciliar todas as contas. Em princípio, a primeira rodada de negociações será feita apenas esta semana. Um novo grande encontro com o Minicom será realizado na próxima terça-feira, 8, onde serão apresentados os avanços obtidos até o momento.

Mariana Mazza

Teles e Anatel tentam desatar o nó dos custos da universalização


:: Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital :


  Ainda sem uma proposta para desatar os nós do novo plano geral de metas de universalização, o PGMU 3, concessionárias e técnicos da Anatel vão tentar encontrar pontos de eventual “consenso” em dois dias de reuniões na agência – esta quarta e quinta-feira, 2 e 3/3. O objetivo é voltar ao Ministério das Comunicações, na próxima semana, com alguma base para avançar no acordo.

Essa agenda de discussões, definida na reunião desta terça-feira sobre o plano de metas, deverá começar pelos números apresentados pela Anatel relativos aos custos de implementação das novas obrigações. Nas contas da agência, a parcela de custos não recuperáveis do PGMU 3 chega a R$ 1,7 bilhão, mas o próprio plano prevê medidas que resultariam em “ganhos” para as empresas, como a redução do número de orelhões.

As empresas, no entanto, sustentam que a Anatel errou ao não considerar, por exemplo, o custo dos equipamentos instalados e em funcionamento. Além disso, fizeram diferentes estudos que chegaram a valores distintos – o primeiro apontou R$ 13 bilhões, custo posteriormente reduzido para cerca de R$ 8 bilhões. A diferença, agora, estaria em cerca de R$ 4 bilhões.

Mas se os cálculos diferem, outro “problema” está na inclusão de metas relacionadas à banda larga em um documento relacionado aos contratos de concessão da telefonia fixa. Premissas do PGMU 3 farão parte das discussões dos próximos dois dias e, entre elas, a questão do backhaul é destaque. Menos pelo valor, ainda que relevante, mas especialmente porque, de certa forma, sedimenta o acesso à internet ainda que no atacado, como obrigações do STFC