Estrangulamento de dados nas redes móveis reforça modelo do Blackberry

Com a maior presença entre os fabricantes de telefones celulares no Mobile World Congress, pelo menos no que diz respeito a tamanho do estande, a RIM, fabricante do Blackberry, teve a sorte de ter o seu maior argumento de convencimento reforçado pela principal discussão da feira:o estrangulamento das redes móveis. Não é de hoje que a RIM busca reforçar que o Blackberry é o que é porque reduz significativamente o tráfego de dados, graças a um modelo único que envolve uma plataforma própria de servidores dedicados, à tecnologia que só envia os dados necessários para o handset, uma série de protocolos de segurança no tráfego de informações e uma negociação específica de preços de capacidade de dados com cada operador. Em vários momentos, o que se viu no Mobile World Congress foram operadores dizendo que, além de investir pesadamente em backhaul e em mais frequências, é necessário buscar tecnologias que reduzam a sinalização e o tráfego desnecessário na rede. "É exatamente essa a proposta que o Blackberry tem há dez anos", diz Rick Costanzo, diretor geral da RIM para a América Latina. O que não significa que o modelo do Blackberry seja perfeito. Se fosse, outros operadores estariam fazendo exatamente a mesma coisa. E o problema central da estratégia da RIM é o custo que a venda dos aparelhos combinados com o serviço que permite a otimização do tráfego traz. Uma forma de tentar reduzir pelo menos parte desses custos e tornar o produto mais acessível foi zerar o custo de licenciamento da plataforma BES (Blackberry Enterprise Solution), em uma versão light, chamada de Express. "O que ouvíamos é que o Blackberry tinha um custo que dificultava a muitas empresas oferecê-lo a um número maior de funcionários. Com a plataforma gratuita, isso deve mudar".
Samuel Possebon, de Barcelona

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