A
Telecom Italia resolveu adiar a divulgação dos resultados de 2009,
depois que as autoridades confiscaram 300 milhões da Sparkle, uma
subsidiária da companhia supostamente envolvida num escândalo de
lavagem de dinheiro que abalou o ambiente dos negócios na Itália. A
companhia, sediada em Milão, declarou na noite de quarta-feira que
"decidiu não seguir com a aprovação" de suas contas de 2009, cuja
divulgação estava prevista para ontem, e publicá-las no dia 25 de março.
As ações da companhia caíram quase 4% na Bolsa de Milão.
Esta semana, as autoridades italianas emitiram mandados de prisão para 56 pessoas relacionadas a uma investigação de uma fraude fiscal e lavagem de dinheiro de US$ 2,7 bilhões, ligadas à Ndrangheta, a Máfia da Calábria. Além da unidade Sparkle, da Telecom Italia, os promotores vasculham os livros contábeis da Fastweb, uma provedora de telecomunicações de banda larga adquirida pela Swisscom em 2007, depois dos incidentes que desencadearam a investigação.
As autoridades afirmam que as vendedoras de serviços de telecomunicações realizavam transações falsas para não pagar impostos sobre o valor agregado. Essas operações faziam parte de uma operação maior de lavagem de dinheiro que beneficiava a Ndrangheta, segundo os termos do mandado de prisão. As autoridades não acusaram as duas empresas de envolvimento no crime organizado.
Entre os indivíduos procurados pela polícia estão um dos fundadores da Fastweb, o bilionário Silvio Scaglia, e Nicola Di Girolamo, um senador da coalizão de centro-direita do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Ambos negam ter cometido algum crime.
Scaglia, que estava no exterior, deveria regressar ao país ontem ou hoje, segundo seu advogado, Piermaria Corso. "Ele quer esclarecer sua posição e provar que não tem qualquer ligação com o crime do qual está sendo acusado", disse Corso por telefone de seu escritório em Milão. O advogado informou que o seu cliente está ciente de que a prisão o espera, mas ele "não tem nada a esconder". Tanto Di Girolamo quanto seu advogado, Carlo Taormina, não quiseram fazer comentários.
A Fastweb negou as acusações, e a Swisscom disse na quarta-feira que tanto ela quanto a Fastweb estão cooperando com a investigação.
A Telecom Italia afirmou que as autoridades confiscaram fundos da Sparkle, pelo equivalente a US$ 404 milhões, "como medida de precaução", e que a quantia corresponde a um "suposto incentivo fiscal acumulado de forma ilegal" no período de 2005-2007. A promotoria também tentou "proibir que a T.I. Sparkle exercesse qualquer atividade empresarial" e, como no caso da Fastweb, está tentando nomear um administrador de insolvência.
A Sparkle é uma subsidiária controlada totalmente pela Telecom Italia, que se definiu como "parte prejudicada" no caso. O presidente da Telecom Italia, Franco Bernabé, fez questão ontem de dizer aos investidores que tudo está bem. Segundo ele, os resultados preliminares do grupo em 2009 mostram que os ganhos se mantiveram praticamente inalterados em relação a 2008. Disse também que a Telecom Italia vai cooperar totalmente com as investigações.
Alberto Aghemo, porta-voz da Consob, a agência reguladora italiana do mercado, não quis fazer comentários. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
As ações da companhia caíram quase 4% na Bolsa de Milão.
Esta semana, as autoridades italianas emitiram mandados de prisão para 56 pessoas relacionadas a uma investigação de uma fraude fiscal e lavagem de dinheiro de US$ 2,7 bilhões, ligadas à Ndrangheta, a Máfia da Calábria. Além da unidade Sparkle, da Telecom Italia, os promotores vasculham os livros contábeis da Fastweb, uma provedora de telecomunicações de banda larga adquirida pela Swisscom em 2007, depois dos incidentes que desencadearam a investigação.
As autoridades afirmam que as vendedoras de serviços de telecomunicações realizavam transações falsas para não pagar impostos sobre o valor agregado. Essas operações faziam parte de uma operação maior de lavagem de dinheiro que beneficiava a Ndrangheta, segundo os termos do mandado de prisão. As autoridades não acusaram as duas empresas de envolvimento no crime organizado.
Entre os indivíduos procurados pela polícia estão um dos fundadores da Fastweb, o bilionário Silvio Scaglia, e Nicola Di Girolamo, um senador da coalizão de centro-direita do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Ambos negam ter cometido algum crime.
Scaglia, que estava no exterior, deveria regressar ao país ontem ou hoje, segundo seu advogado, Piermaria Corso. "Ele quer esclarecer sua posição e provar que não tem qualquer ligação com o crime do qual está sendo acusado", disse Corso por telefone de seu escritório em Milão. O advogado informou que o seu cliente está ciente de que a prisão o espera, mas ele "não tem nada a esconder". Tanto Di Girolamo quanto seu advogado, Carlo Taormina, não quiseram fazer comentários.
A Fastweb negou as acusações, e a Swisscom disse na quarta-feira que tanto ela quanto a Fastweb estão cooperando com a investigação.
A Telecom Italia afirmou que as autoridades confiscaram fundos da Sparkle, pelo equivalente a US$ 404 milhões, "como medida de precaução", e que a quantia corresponde a um "suposto incentivo fiscal acumulado de forma ilegal" no período de 2005-2007. A promotoria também tentou "proibir que a T.I. Sparkle exercesse qualquer atividade empresarial" e, como no caso da Fastweb, está tentando nomear um administrador de insolvência.
A Sparkle é uma subsidiária controlada totalmente pela Telecom Italia, que se definiu como "parte prejudicada" no caso. O presidente da Telecom Italia, Franco Bernabé, fez questão ontem de dizer aos investidores que tudo está bem. Segundo ele, os resultados preliminares do grupo em 2009 mostram que os ganhos se mantiveram praticamente inalterados em relação a 2008. Disse também que a Telecom Italia vai cooperar totalmente com as investigações.
Alberto Aghemo, porta-voz da Consob, a agência reguladora italiana do mercado, não quis fazer comentários. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário