Ainda
não foi desta vez que a Anatel tomou uma decisão sobre o desbloqueio
dos telefones celulares. Com a ausência do presidente da agência,
Ronaldo Sardenberg, em viagem, a reunião desta quinta-feira, 11/3, foi
presidida pelo conselheiro Antônio Bedran, que pediu vista do tema na
semana passada.
Segundo a Anatel, por presidir a sessão, Bedran não apresentou sua
posição. A reunião também não contou com a presença da conselheira
Emília Ribeiro, relatora do processo e autora da proposta de uma súmula
que esclareceria que os consumidores não podem ser penalizados por
desbloquearem seus aparelhos.
Expressamente, a proposta sugere que “o usuário pode solicitar o
desbloqueio de sua estação a qualquer momento, sem que lhe possa ser
cobrado qualquer valor”. É essa a discussão atual, uma vez que o
direito ao desbloqueio dos aparelhos já foi garantido pela Anatel.
Além disso, a proposta prevê que o bloqueio da estação móvel não
pode ser associado a benefícios contratuais, ou seja, as operadoras não
podem considerar o desbloqueio como desistência desses benefícios.
A sugestão de súmula feita pela conselheira, no entanto, ainda não
angariou maioria no Conselho Diretor. O presidente Ronaldo Sardenberg e
o conselheiro Jarbas Valente apresentaram posições um pouco diferentes.
Em especial, desejam que a proibição de cobrança pelo desbloqueio só
tenha validade a partir da súmula. A ideia parece ser de evitar que
clientes que já tenham desbloqueado seus aparelhos possam recuperar
valores eventualmente cobrados.
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