:: Luís Osvaldo
Grossmann
::
Convergência
Digital
Experiências
em pequenas cidades ou grandes capitais mostram como as lan houses
podem facilmente se transformar em ferramentas educacionais ou de acesso
facilitado a serviços públicos. A chave está em aproveitar a
capilaridade dos estabelecimentos, que são como a maior parte dos
internautas brasileiros acessam à internet.
Em
Estância, cidade de 60 mil habitantes de Sergipe, a prefeitura lançou
há um ano um programa em que financia o acesso de estudantes de escolas
públicas municipais - e recentemente também estaduais - para que eles
façam pesquisas na internet via lan houses. Um tíquete é distribuído aos
estudantes, permitindo que elas utilizem cinco horas de pesquisa e uma
hora de lazer por mês nas lojas de acesso à rede.
"Incentivamos
a criação de uma associação de lan houses, que hoje reúne 21 delas,
metade dos estabelecimentos da cidade, e distribuímos os tíquetes aos
estudantes, fazendo uso da internet para alavancar o conhecimento e, ao
mesmo tempo, como forma de incentivo econômico", explica o prefeito de
Estância, Ivan Leite, que nesta terça-feira, 30/3, mostrou a experiência
na Comissão Especial da Câmara que discute um marco legal para as lans.
Com
os tíquetes, os alunos podem escolher qualquer uma das lan houses da
associação - pois o contrato da prefeitura é com a entidade - o que, no
entender do prefeito, colabora para criar uma competição saudável entre
as lojas, fomentando a qualidade.
Outra
experiência apresentada na comissão foi do uso das lan houses pela
prefeitura de Salvador como instrumento para a emissão de documentos,
especialmente no pré-licenciamento de empresas.
"Com o uso de 33 lan houses, porque pegamos apenas aquelas
formalizadas, o prazo médio de emissão do principal documento, o termo
de viabilidade de localização, caiu de 60 dias para 12 dias, ao mesmo
tempo em que o número de termos emitidos passou de 800 para mais de 3
mil por mês", conta o superintendente de Controle e Ordenamento de Uso
do Solo de Salvador, Cláudio Silva.
Experiências
como essas, no entender dos participantes da audiência pública, são
fundamentais para a eliminação da imagem negativa que ainda prevalece
sobre esses estabelecimentos."As lans começaram como casas de jogos, mas
com o tempo mudaram radicalmente de atividade, mas o estigma ficou",
lamenta Paulo Eirado Dias Filho, do Senac de Sergipe.
Ele
lembra que as lan houses podem agregar, junto ao serviço de acesso à
internet, pelo menos quatro eixos de atividade: serviços públicos, como a
emissão de título de eleitor, de documentos como no caso de Salvador,
ou mesmo para fazer a declaração de imposto de renda; atividades
comerciais, como correspondente bancário, venda de passagens,
classificados; educação, por palestras online, pesquisas acadêmicas,
cursos profissionalizantes; e em suporte social, como o uso de redes
sociais ou simplesmente para apoio a e-mails ou pesquisa de preços.
“As
lan houses são ferramentas fundamentais num país como o nosso em que
elas são usadas por 82% de quem ganha até um salário-mínimo e acessa a
internet. No Nordeste, elas são a forma de acesso para 68% dos
internautas, no Norte, para 66%”, pondera Paulo Eiraldo Dias Filho.
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