"Agora são três cavalos no páreo", desafia CEO da Nokia



Num anúncio feito nesta sexta-feira, 11/02, pelos CEOs das empresas, Stephen Elop, da Nokia, e Steve Ballmer, da Microsoft, as titãs revelaram união de forças para tentar um último lance para sobreviverem diante da acirrada disputa no mundo dos terminais móveis - de baixo e alto valor.

As mudanças estratégicas foram anunciadas em coletiva de imprensa realizada em Londres. Os pontos principais da aliança são:

- A Nokia adotaria o Windows Phone como sua principal estratégia de smartphones, inovando em ares como fotografia, em que é líder de mercado.

- A Nokia iria auxiliar e conduzir o futuro do Windows Phone. Iria contribuir com seu conhecimento em design de hardware, suporte a vários idiomas, e levar o Windows Phone a uma extensa gama de faixas de preço, segmentos de mercado e regiões.

- A Nokia e a Microsoft trabalhariam juntas para colaborar em inovações e em um plano para evolução dos produtos moveis no futuro.

- O Bing seria utilizado em ferramentas e serviços da Nokia, dando aos consumidores acesso a uma nova geração de mecanismos de busca. O Microsoft AdCenter iria prover serviços de busca patrocinada na linha de produtos e serviços Nokia.

- Nokia Mapas se tornaria parte principal do serviço de mapas da Microsoft. Por exemplo, os mapas seriam integrados dentro dos resultados de busca do Bing e na plataforma AdCenter, para formar uma experiência de busca patrocinada única.

- A extensa lista de acordos de billing que a Nokia tem com operadoras iria facilitar o acesso dos consumidores aos serviços do Windows Phone em locais onde o uso de cartão de crédito ainda é pequeno.

- As ferramentas de desenvolvimento da Microsoft seriam usadas para criar aplicativos que rodem em aparelhos Nokia Windows Phone, permitindo aos desenvolvedores acessar um ecossistema de alcance global.

- A loja de aplicativos e conteúdos da Nokia seria integrada ao Microsoft Marketplace, para uma experiência mais completa do consumidor.

A união da Nokia à Microsoft - já bastante especulada pelos analistas - é a tentativa das duas gigantes sobreviverem no mercado móvel. As duas têm tido performances abaixo da média. O CEO da Nokia - que veio da Microsoft com a missão de dar uma guinada nos negócios da empresa finlandesa, ainda líder do mercado, mas com forte pressão do Android e do iPhone, da Apple - chegou a falar que a "Nokia era uma empresa que estava em chamas".

A Microsoft, por sua vez, também está bem atrás na briga pelos sistemas operacionais para celulares. Aposta suas fichas no sucesso do Windows Phone 7, mas tem um forte rival pela frente: O Android que já superou o Symbian, da Nokia, até então, líder absoluto, na preferência dos fabricantes de terminais.

No comunicado oficial distribuído para a imprensa, Elop, da Nokia frisou: “Atualmente, desenvolvedores, operadoras e consumidores querem aparelhos móveis mais completos, que incluam não só o produto em si, mas os softwares, serviços, aplicativos e suporte ao cliente, que juntos criam uma ótima experiência”. E foi além: “Nokia e Microsoft irão unir forças para entregar um ecossistema móvel sem concorrentes, com escala global. Agora, é uma corrida com três cavalos no páreo”.

Já a Microsoft, também se mostrou bastante animada com a aliança. “Ecossistemas são experiências únicas quando conduzidas com velocidade, inovação e escala. A parceria que anunciamos hoje oferece incrível escala, uma larga experiência em inovação em software e hardware, além de uma habilidade provada de execução", reforçou Steve Ballmer, CEO da Microsoft.

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