A
proporção de celulares por habitantes nas cidades do Grande ABC é
superior à média nacional. Enquanto 92,3% das pessoas na quarta região
mais rica do País têm o aparelho, no restante do território o número chega a 63%.
Pesquisa
socioeconômica feita pelo Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da
Universidade Municipal de São Caetano) identificou que São Caetano é
mais conectada, com 93,9% dos lares com linhas móveis. Logo vêm São
Bernardo (93,8%), Diadema (93,1%) e Santo André (92,7%).
Em
Rio Grande da Serra, 92% dos domicílios têm celular. Em Ribeirão Pires,
essa fatia é de 91%, e por fim, Mauá tem 89,1%. Foram colhidas informações de 1.150 residências na região. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
"Esses
números mostram que a região está economicamente mais madura que o
restante do País. Mesmo nas cidades com menor renda per capita o
resultado foi bastante positivo", avalia o coordenador do estudo, Leandro Prearo.
O
fato de São Caetano não ter 100% dos lares com celulares explica-se
pela idade avançada da população, que geralmente não tem muita
intimidade com esses dispositivos.
Conforme
indicadores do Cetic.Br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da
Informação e da Comunicação), 63% da população brasileira têm celular.
No Sudeste são 66% e, no Nordeste, 53%.
Na
região, foi a classe C que mais avançou na compra de aparelhos de
telefonia móvel. Em agosto de 2009, 84,1% tinham posse desse bem. Um ano
depois, a fatia subiu para 89,3%. "A tendência é que nos próximos três
anos esse número continue crescendo devido à facilidade de crédito para
parcelar a compra e o barateamento dos modelos", pondera Prearo.
TELEFONIA
FIXA - Depois do período de privatização, ocorrida no fim da década de
1990, o acesso ao serviço de telefonia cresceu junto com as famílias.
Entretanto, o valor da assinatura mensal ainda inibe avanço mais forte
em cidades com menor poder aquisitivo como Diadema, Mauá, Ribeirão e Rio
Grande, onde a quantidade de casas com linhas é consideravelmente menor
frente aos demais municípios.
Em Rio
Grande da Serra, 61% das residências possuem linha residencial. Em
Diadema, são 69,2%. Prearo analisa que para determinadas famílias, o
celular pré-pago é mais vantajoso, também por causa dos planos
oferecidos pelas operadoras.
Anatel propõe oferta de telefone para baixa renda
Na
tentativa de possibilitar a oferta de telefones com a assinatura mensal
de aproximadamente R$ 9,50, sem impostos, para a população de baixa
renda, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) disponibilizou a
proposta para consulta pública nesta semana.
Até
o dia 1º de abril a sociedade poderá fazer contribuições sobre o
assunto. Para que o lar seja atendido por este serviço é preciso se
enquadrar no programa Bolsa Família. A agência espera que
aproximadamente 13 milhões de pessoas sejam beneficiadas com a medida
proposta.
O serviço oferecerá franquia de
90 minutos para chamadas locais entre telefones fixos, permitindo
ligações com valor fechado por chamada. A modulação horária será igual a
da classe residencial. De segunda a sexta-feira (da 0h às 6h), aos
sábados (da 0h às 6h e das 14h às 24h) e aos domingos e feriados
nacionais (da 0h às 24h).
LINHAS MÓVEIS -
O País encerrou janeiro com 205,1 milhões de assinantes do serviço de
telefonia móvel. Do total, são acessos pré-pagos 168,8 milhões, ou fatia
de 82,32%, e pós-pagos 36,2 milhões, fatia de 17,68%. Para cada grupo
de 100 habitantes existem 105,74 aparelhos.
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