Banda larga móvel: Faltam parâmetros para definir qualidade de serviço

Ana Paula Lobo e Rodrigo dos Santos
:: Convergência Digital :: 

A internet móvel não deve ser caracterizada como bandeira de inclusão de banda larga no Brasil, sustenta integrantes do Comitê Gestor da Internet. Há também uma preocupação com a qualidade do serviço que está sendo prestado ao consumidor brasileiro. O acesso à Internet via celular e via banda larga móvel, por modem, foi um dos temas do debate 'O futuro da internet no Brasil', realizado pelo Comitê Gestor da Internet, na capital paulista, nesta quarta-feira, 30/08.
Demi Getscho, do NIC.Br, mostrou preocupação com os rumos da banda larga móvel no país. "Banda larga móvel é um bicho muito diferente da banda larga fixa. E aqui estamos tentando juntar tudo num único saco. E isso é prejudicial para todas as partes envolvidas", advertiu. Segundo ele, é preciso parâmetros distintos para as modalidades. "Banda larga móvel envolve mobilidade. Me preocupa o discurso que internet no celular é meio de inclusão para banda larga. São ações distintas", ponderou.
Questões como qualidade e custo do serviço também foram postos à mesa. "O serviço é o mais caro do mundo e está ruim", afirmou Carlos Afonso, do Comitê Gestor da Internet.
Rogério Santanna, ex-presidente da Telebras e conselheiro do NIC.br, lembrou que a internet móvel, hoje, adota um modelo que não é o ideal para o consumidor: o da cobrança por pacotes. "Na internet fixa, a cobrança acontece pela capacidade. Mas na móvel, onde não há parâmetros, a cobrança por pacotes se disseminou. É a visão do operador da Internet. A minha preocupação é que este modelo, agora, venha a ser replicado para o serviço fixo", completou.

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