O Ministro das Comunicações (MiniCom), Paulo Bernardo, confirmou ter
fechado com o Ministério da Fazenda, um pacote de incentivo às empresas
que investirem na fabricação local de equipamentos para construção de
fibra óptica no Brasil.
Segundo Paulo Bernardo, o objetivo do governo é conceder a isenção de
alguns impostos para que as empresas do setor de telecomunicações
invistam maciçamente em redes para ampliar a oferta de banda larga no
País, principalmente nas regiões onde o serviço é falho ou até
inexistente.
A suspensão da cobrança das contribuições valerá
tanto para equipamentos tecnológicos como para materiais de construção
usados na ampliação da infraestrutura, como postes e dutos. O benefício
pode valer a partir do próximo mês, se a presidente Dilma Rousseff
decidir editar uma medida provisória (MP).
“O ministro Guido
[Mantega] combinou uma semana de prazo para redigir a proposta, que será
levada à presidente. Se ela editar uma MP, o benefício vai vigorar
ainda em setembro, começo de outubro. Se for projeto de lei, vamos ter
de esperar o Congresso aprovar”, explicou Paulo Bernardo.
A
suspensão de PIS/Cofins será vinculada a investimentos nas regiões norte
e nordeste. “Combinamos que vai haver um processo de habilitação [para
ter os tributos suspensos] feito pelo Ministério das Comunicações.
Condicionaremos o benefício ao atendimento das áreas desassistidas. Uma
empresa que quiser construir uma rede na Esplanada dos Ministérios pode
ter a suspensão, desde que construa outra rede no Pará, por exemplo”,
disse.
Segundo o ministro, o incentivo fiscal deve estimular
investimentos de 70 bilhões de reais na construção de redes de
telecomunicações nos próximos quatro anos. A suspensão de PIS/Cofins
valerá para as redes de fibra óptica, mas também para aquelas de
telefonia e televisão a cabo, frequentemente usadas para prover banda
larga.
*Com informações das Agências Brasil e Câmara
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